A taxa de desemprego no trimestre de junho a agosto ficou em 14,4%, o percentual mais alto já registrado desde que a atual metodologia entrou em vigor, em 2012, segundo dados da Pnad Contínua, do IBGE.
Portanto em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento no desemprego foi de 2,6 pontos percentuais — de 11,8% para os atuais 14,4%. Ou seja, na comparação com os três meses anteriores, o avanço foi de 1,6 ponto percentual — de 12,9% para 14,4%.
Na prática, o número de brasileiros desempregados cresceu 1,1 milhão em relação ao trimestre anterior, e 1,2 milhões sobre o mesmo período do ano passado.
No entanto abaixo, o 6 Minutos traz outros dados da Pnad Contínua:
Trabalho com carteira assinada despenca:
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos), estimado em 29,1 milhões, foi o menor da série, caindo 6,5% (menos 2,0 milhões de pessoas) frente ao trimestre anterior e de 12,0% (menos 4,0 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2019.
Trabalho doméstico fecha vagas:
O número de trabalhadores domésticos (4,6 milhões de pessoas) é o menor da série, caindo 9,4% (menos 473 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 27,5% (menos 1,7 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2019.
Vagas menos qualificadas perdem mais:
O rendimento médio real (R$ 2.542) no trimestre terminado em agosto subiu 3,1% frente ao trimestre anterior e 8,1% contra o mesmo trimestre de 2019. Isso sugere que posições que pagam melhor sofreram menos cortes do que atividades com remuneração pior, levando ao desemprego uma população mais vulnerável.