Em dia de realização de lucros, e em meio ao otimismo do mercado com a continuidade da agenda de reformas pós-pandemia, o dólar fechou em forte queda de 2,59%, a R$ 5,51. A bolsa, em novo dia de ganhos expressivos, encerrou o pregão subindo 3,9%, a 81.312 pontos.
Segundo a agência Reuters, a percepção dos investidores é que, após o baque da saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, o presidente Jair Bolsonaro poderia estar mais dependente do ministro Paulo Guedes, que chegou a ter sua partida da Economia aventada na semana passada.
Os analistas também se animaram com informações de que Bolsonaro decidiu reformular o programa de investimentos em infraestrutura Pró-Brasil e ajustá-lo à visão mais preocupada com as contas públicas de Guedes.
Essa percepção de que o ministro da Economia está com fôlego renovado no governo, somada ao aumento das intervenções do BC no câmbio, deram ao mercado argumentos para realizar lucros no câmbio (quando investidores aproveitam fortes altas recentes para vender suas posições a um preço maior do que o de compra).
“O real me parece muito subvalorizado”, disse Robin Brooks, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês).
A analista de ações Cristiane Fensterseifer, da casa de análise Spiti, lembrou que a pesquisa de popularidade do instituto Datafolha sobre o governo Bolsonaro mostrou que ainda há um apoio importante ao governo, mesmo com a saída de Moro.
(Com Reuters e Bloomberg)
Quer tirar suas dúvidas sobre o Imposto de Renda? Você pode mandar suas perguntas para o e-mail falecomaredacao@6minutos.com.br. Quem nos segue no WhatsApp também pode mandar sua dúvida. Se você quiser entrar no grupo, esse é o link: https://6minutos.com.br/whatsapp.