Os economistas consultados pelo BC preveem ainda uma taxa Selic de 3% até dezembro deste ano, e de 4,5% no fim de 2022
SÃO PAULO – Após o forte aumento dos preços em 2020, o mercado financeiro estima alta de 3,32% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano, levemente abaixo dos 3,34% esperados anteriormente. É o que mostra o primeiro relatório Focus do ano, divulgado nesta manhã pelo Banco Central.
Para o ano passado, a projeção é de inflação de 4,38%, em linha com a da semana passada (4,39%). Já para 2022, os economistas preveem alta de 3,50%, sem mudanças ante o relatório anterior.
Com relação ao desempenho da economia brasileira, passados os fortes impactos da pandemia de coronavírus, os especialistas esperam um crescimento de 3,40% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, abaixo dos 3,49% esperados no último levantamento. Já em 2022, a economia deverá crescer 2,50%, sem alterações em relação à semana anterior.
Para o ano passado, a estimativa no Focus indica queda de 4,36% do nível da atividade, ante projeção anterior de contração de 4,40%.
Para a taxa básica de juros, o mercado financeiro vê um espaço menor para a alta da Selic este ano, reduzindo as expectativas de 3,13% para 3,00% ao ano. Até dezembro de 2022, contudo, a Selic deve subir até 4,50% – a mesma projeção do relatório Focus anterior.
Por fim, no câmbio, as expectativas apontam para o dólar negociado a R$ 5,00 ao fim de 2021, sem mudança ante os dados da semana passada, e a R$ 4,90 em dezembro de 2022, contra R$ 4,95 anteriormente.
Top 5
Entre os economistas ouvidos pela autoridade monetária que mais acertam as previsões, reunidos no grupo “Top 5 médio prazo”, as projeções para inflação, câmbio e taxa Selic se mantiveram as mesmas da semana passada.
A expectativa do grupo é de inflação de 4,34% em 2020, de 3,41% neste ano, e de 3,52% em 2022.
No câmbio, as projeções apontam para a moeda americana negociada a R$ 5,05 ao fim de 2021, e a R$ 4,93, em 2022.
Já a taxa básica de juros deve subir para 3% até dezembro de 2021, e para 4% até o fim de 2022.