Simples de investir e disponível a partir de R$ 30: essas são algumas características dos títulos do Tesouro Direto, modalidade que é a porta de entrada para muitos investidores que buscam rentabilizar seu dinheiro.
Atualmente, são oferecidos três tipos de títulos, que possuem diferentes prazos e rentabilidade:
- Prefixados: o investidor sabe desde o momento do investimento o valor exato que vai ter de retorno na data de vencimento do título;
- Selic: varia de acordo com a taxa básica de juros brasileira, atualmente no menor patamar da história, a 2% ao ano. É indicado para quem tem objetivos de curto prazo e para a reserva de emergência, já que o dinheiro pode ser retirado a qualquer momento sem prejuízo;
- IPCA: é atrelado a inflação oficial e, por isso, protege os ganhos do investidor caso o indicador tenha variações muito grandes. É indicado para investimentos de médio a longo prazo.
Mas ainda vale a pena investir no Tesouro Direto em 2021? Depende do objetivo do investidor.
“O Tesouro Direto é uma excelente opção para quem está começando. É teoricamente o papel mais seguro, porque tem o risco soberano”, diz o especialista de produtos da Messem Investimentos, Felipe Chamaniego. É ótimo para quem está montando a reserva de emergência, já que o dinheiro pode ser retirado a qualquer momento sem prejuízo.
Para quem já tem mais conhecimento, existem boas opções no mercado financeiro, com liquidez e segurança próximas ao Tesouro, mas com retornos mais atrativos.
O head de distribuição na Guide Investimentos, Erick Scott Hood, diz que os fundos DI são uma alternativa interessante – são ligados a renda fixa e precisam ter pelo menos 95% da carteira em títulos públicos atrelados a Selic. Para a professora de finanças da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado) Virgínia Prestes, CDBs com rentabilidade de 100% do CDI também podem ser interessantes para reserva de emergência.
Hood e Chamaniego consideram o Tesouro IPCA, atrelado à inflação oficial, uma boa pedida para quem quer se proteger da inflação e investe pensando no longo prazo. Os títulos prefixados são destinados àqueles com maior apetite ao risco.
O Tesouro é seguro? Sim, este ativo é um dos mais seguros do mercado financeiro, já que está atrelado ao governo federal.
Veja a rentabilidade de alguns títulos do Tesouro nos últimos 12 meses:
- Prefixado 2023: 8,67%
- Prefixado 2025: 8,28%
- Selic 2025: 2,2%
- IPCA+ 2035: 6,03%
- IPCA+ 2045: 4,71%
* Os dados foram disponibilizados pelo Tesouro Direto em 5 de janeiro de 2021.