Até então a inflação oficial do Brasil medida pelo IPCA ficou em 0,89% em novembro, a mais alta para o mês desde 2015, segundo o IBGE. Com o resultado, o IPCA no ano chega a 3,13%. Portanto nos últimos 12 meses, a inflação acumulada está em 4,31%.
“Ok, mas o que isso impacta na minha vida”? Para responder essa pergunta, o 6 Minutos separou quatro pontos em que o IPCA influencia diretamente o seu orçamento doméstico e a sua vida financeira.
Seu dinheiro está valendo menos
O IPCA é o principal indicador para calcular a perda de poder de compra do seu dinheiro. A inflação nada mais e do que aumento médio dos preços. Se os produtos ficam mais caros, você precisará de mais reais para comprar os mesmos itens.
Inflação passada vai pesar no seu bolso no futuro
Apesar de refletir o que aconteceu no passado, o IPCA também influencia na inflação futura. Isso acontece porque o índice e usado como fator de reajuste em diversos contratos de prestação de serviço. Se a inflação subiu no mês passado, essa variação provavelmente repassada na mensalidade escolar do seu filho em 2021. E isso vale para despesas como contas de água, luz, telefone, internet, pedágios, entre outras.
Investimentos podem render mais
O principal instrumento que o Banco Central possui para controlar o avanço da inflação é a taxa básica de juros – a Selic. Se o IPCA sobe muito, o BC aumenta os juros para desestimular o consumo e tentar forçar a queda nos preços. E o que isso tem a ver com os seus investimentos? A Selic é referência para calcular o rendimento de investimentos em renda fixa – CDBs e títulos públicos negociados no Tesouro Direto, por exemplo. Se os juros sobem, eles tendem a render mais.
Olho no salário
O IPCA é o índice utilizado por empresas e sindicatos nas negociações de dissídios e reajustes salariais. Ou seja, a inflação atual será levada em conta para determinar qual será o percentual de correção dos salários no ano que vem. Mas atenção: para o salário mínimo, o índice usado pelo governo é outro – o INPC.