Ou seja, a varejista Havan desistiu de sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês); segundo dados divulgados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta terça-feira (27).
O movimento é um revés para o empresário Luciano Hang, um notório apoiador do presidente Jair Bolsonaro. Portanto com a oferta anunciada em agosto, Hang planejava vender uma fatia da icônica cadeia de lojas que têm na fachada réplicas da Estátua da Liberdade.
A operação serviria também para a Havan buscar recursos para financiar aberturas de centros de distribuição e de novas lojas; além de investimentos em tecnologia e reforço no capital de giro.
Nas últimas semanas, a mídia brasileira publicou que Hang estava tendo dificuldades para levar adiante a operação; porque investidores não aceitaram avaliar a companhia em cerca de R$ 100 bilhões, como pretendia o empresário.
A desistência da Havan sublinha a volatilidade do mercado de ofertas de ações no Brasil, que, mesmo batendo recordes em 2020 com a queda do juro básico à mínima recorde de 2% ao ano, também sente as incertezas quanto aos efeitos econômicos da Covid-19.
Só em outubro, oito empresas nacionais já desistiram dos planos de listagem na B3.