Um exemplo de precipitação foi a fuga de investidores de ativos de dívida privada — como fundos de crédito, debêntures, CRAs e CRIs — que ocorreu no auge da crise do ano passado.

A baixa liquidez assustou os investidores. Por isso, muita gente correu para vender seus papéis a qualquer preço. Um grande erro, na visão de Mori: “Se a pessoa tivesse esperado seis meses ou um pouco mais, poderia ter saído desse investimento sem muito prejuízo”.

Nova carteira de investimentos

Com a ajuda do Bruno Mori, o 6 Minutos preparou uma lista de cuidados para você reequilibrar sua carteira de investimentos com base nos seus novos planos.

Qual o prazo do seu sonho? Saber se você pretende realizar o sonho no curto, médio ou longo prazo impactam diretamente na estratégia de alocação.

Conhece-te a ti mesmo – Nós mudamos durante a vida, e a nossa forma de encarar os investimentos também. Antes de realocar seus investimentos, vale a pena refazer o suitability— aquele questionário que diz se você é mais conservador, moderado ou arrojado. Assim, você poderá montar uma estratégia mais alinhada com o seu perfil atual.

Reavalie o cenário – Muita gente não revê a estratégia de tempos em tempos — algo saudável quando há mudanças no cenário econômico. Essa é a chance de reavaliar se ainda vale a pena investir em produtos com juros baixos ou apostar na valorização do dólar.

Vá devagar – Não mova seus recursos todos de uma vez. Considerando o momento de instabilidade, a recomendação é fazer a realocação dos recursos pouco a pouco, para evitar que eles sofram impacto maior pelas oscilações do mercado.

Não tenha vergonha de pedir ajuda – O auxílio de um profissional pode dar mais consistência ao plano, mas não é imprescindível. Com um pouco de organização e vontade de aprender, qualquer pessoa é capaz de definir, por conta própria, uma nova rota para seus investimentos pessoais